Atlético-MG tem três impedimentos mal marcados. Penalidades para Vasco e Figueirense não são assinaladas. Grêmio e Flu reclamam de lances
Pênaltis, cartões e impedimentos não dados ou assinalados incorretamente chamaram a atenção na 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG, que venceu o Santos por 2 a 0 e segue o líder na tabela, teve três atletas impedidos que estavam em condição legal, segundo revelou o tira-teima. Em dois lances, a bola balançou a rede.
Para o Vasco, contra o Botafogo, uma penalidade máxima após falta em Carlos Alberto poderia ter sido dada, assim como para Ronny, do Figueirense, diante do Internacional. Já a falta de Douglas, do São Paulo, sobre Eron, do Atlético-GO, dentro da área, levantou dúvidas para o comentarista Leonardo Gaciba, mas a imagem, segundo ele, dá o lance como legal.
Sandro Silva, do Cruzeiro, poderia ter deixado o seu time com dez jogadores se tivesse recebido o segundo amarelo na falta sobre Jorge Henrique.
Veja os principais lances duvidosos desta rodada:
O primeiro lance que chamou a atenção para a arbitragem no Engenhão foi aos 9 minutos do segundo tempo. Lucas trombou com Carlos Alberto dentro da área alvinegra, e o vascaíno ficou pedindo um pênalti. Para o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba, o árbitro Wagner Nascimento deveria dar a penalidade máxima a favor do Cruz-maltino.
- Pênalti, a primeira ação do zagueiro não é faltosa, mas há uma alavanca no segundo movimento que derruba o atleta do Vasco - disse.
O gol da vitória vascaína por 1 a 0 saiu aos 41 minutos do segundo tempo em um lance que deixou em dúvida muitos torcedores. Caído, Juninho roubou a bola de Antônio Carlos dentro da área e tocou para Alecsandro marcar. O fato do Reizinho estar no chão e segurar a redonda os pés foi destacada pelo comentarista Leonardo Gaciba, que viu foi problemas no lance.
- Em algum momento algum jogador esteve com sua integridade física em perigo? Na minha opinião, não! Juninho foi muito rápido, esperto em sua ação, utilizou um recurso lícito que tinha a sua disposição no momento. A bola é “presa” por um tempo mínimo e, na minha opinião, de maneira legal - disse.
O jogo entre Figueira e Internacional no Orlando Scarpelli poderia ter sido um empate em 1 a 1 se o árbitro Elmo Resende tivesse assinalado o pênalti reclamado por Ronny, aos 45 minutos do segundo tempo. No lance, o jogador recebeu na área e foi derrubado por Fabrício, do Colorado. Para Gaciba, houve penalidade máxima.
- Há um calço que derruba o jogador, para mim pênalti. Talvez a queda exagerada não tenha colaborado com a decisão da arbitragem - analisou.
Aos 23 minutos do segundo tempo, o atacante do Timbu Kieza caiu na área, supostamente derrubado por Demerson, do Coxa. O jogador do Náutico ficou de joelhos, implorou e até pegou nos joelhos do árbitro Cláudio Francisco Lima e Silva. Mesmo com o pedido dramático, o juiz marcou apenas o escanteio. Na opinião de Leonardo Gaciba, o árbitro acertou na jogada.
- Disputa de bola normal - disse.
O primeiro lance polêmico no Olímpico aconteceu aos 35 minutos do segundo tempo. Após levantamento na área de Thiago Neves, os jogadores do Fluminense pediram pênalti, em disputa de Fábio Braga com Edílson. O árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou falta no goleiro Marcelo Grohe. Para o comentarista de arbitragem da TV Globo Renato Marsiglia, as duas infrações aconteceram na jogada.
- O jogador do Grêmio segurou o do Fluminense, o Fred se apoiou em cima do goleiro. Aconteceu de tudo naquela penca de jogadores que subiram - afirmou.
Aos 42 minutos, foi a vez dos jogadores do Tricolor Gaúcho reclamarem. Kleber, que já havia levado o cartão amarelo por uma falta em Anderson, recebeu o segundo cartão e acabou expulso, após entrada dura em Thiago Carleto. Para o comentarista Leonardo Gaciba, foi uma decisão mais que acertada do árbitro Wilton Pereira Sampaio.
- O Kleber retarda deliberadamente a reposição da bola em jogo. Caso clássico de cartão amarelo. Se já tinha um... - afirmou o comentarista.
Pouco depois da expulsão de Kleber, o Grêmio exigiu o cartão vermelho para um atleta tricolor. Aos 45 do segundo tempo, André Lima sofreu falta de Fábio Braga. Árbitro Wilton Pereira deu falta, mas não advertiu. Na opinião do comentarista Júnior, corretamente.
- O fato do jogador do Grêmio ter sido expulso a dois minutos atrás não significa que toda falta que o Fluminense fizer vai ser merecedora de cartão. É o tipo da pressão inexplicável, desnecessária e até ingênua - disse Júnior.
Aos 21 minutos do primeito tempo, no Pacaembu, o Corinthians chegou ao seu primeiro gol na partida com o pênalti cobrado por Chicão. O autor da falta dentro da área foi o cruzeirense Sandro Silva, que derrubou Jorge Henrique. Já advertido com o amarelo, o jogador deveria ter voltado para o vestiário mais cedo, na opinião do comentarista Luiz Ademar.
- O Sandro Silva foi imprudente. Eu confesso que daria até o amarelo e o vermelho. No que o Jorge Henrique foi esperto, chegou primeiro e deu um tapa, ele chegou por trás - disse Luiz Ademar.
- Houve uma jogada brusca, a aplicação de um cartão amarelo não seria exagero - concordou Gaciba.
O jogo no Serra Dourada teve um total de sete gols, dois deles de pênalti. A primeira penalidade máxima ocorreu aos 24 minutos do primeiro tempo e deixou o comentarista Leonardo Gaciba em dúvida. Para ele, não houve empurrão de Douglas, do São Paulo, em Eron, do Atlético-GO. O árbitro Emerson Almeida Ferreira assinalou a falta.
- Realmente há uma mão. Mas eu não consigo ver um empurrão que possa deslocar o jogador. Entendo que a jogada é feita em velocidade, que um toque normalmente cause a queda. Acho que ele valorizou um pouco a queda. Em cima há contato físico, não empurrão - disse Gaciba.
O segundo tento via penalidade máxima saiu aos 3 minutos do segundo. Vítima no lance anterior, Eron dessa vez foi vilão e deixou Casemiro no chão em um ataque tricolor pela direita. Na visão de Gaciba, um lance sem dúvida bem assinalado.
- Com certeza, esse bem mais claro. Pontapé. árbitro de gol tem visão privilegiada - disse Gaciba.
Aos 22 minutos do primeiro tempo, outro lance chamou a atenção dos torcedores do Dragão. Rhodolfo protege mal a bola e toca para a linha de fundo. Porém, Emerson Ferreira dá tiro de meta para o São Paulo.
- Escanteio seria a decisão correta - afirmou Gaciba.
Aos 13 minutos do primeiro tempo Jô recebeu bom lançamento do meio-campo e bateu forte na saída de Aranha, balançando a rede do Santos. O assistente José Carlos Dias Passos, porém, marcou impedimento do atacante do Galo, e o árbitro Antônio Denival de Morais, que havia dado o gol, anulou o mesmo. Para o comentarista Bob Faria, o jogador estava em condição normal, segundo apontou o tira-teima.
- Mesma linha viu. O Jô tinha totais condições, totalmente habilitado - disse Faria.
Aos 14 minutos do segundo tempo, outro impedimento mal assinalado. Marcos Rocha cruzou e encontrou Bernard, que chegou a balançar a rede, mas o assistente Roberto Bratz levantou a bandeira. Bratz errou mais uma vez ao marcar mais um impedimento quando Ronaldinho encontrou Jô livre, aos 32.
- Mesma linha. Também tinha condições de jogo, sem problemas. Pelo menos três gols o Atlético poderia ter feito a mais nessa partida. - disse Faria.
Aos 22 minutos do segundo, Souza levantou para Lulinha na grande área. Artur chegou por trás, tentou fazer o corte e cometeu falta no jogador do Bahia. O árbitro Antônio Frederico de Carvalho Schneider apontou para a marca do pênalti. Segundo o comentarista Müller, uma decisão acertada.
- O Artur chegou se precipitando no lance e empurra o Lulinha. Claro que o jogador sempre valoriza um pouco, mas para mim foi pênalti - afirmou.
Antes, aos 11 minutos do primeiro tempo, o Palmeiras havia tido um gol anulado. Em escanteio, Obina mandou para o fundo da rede, mas o árbitro já havia marcado falta no goleiro Marcelo Lomba e parado a jogada. Para Müller, ele acertou.
- O Felipão reclama daquele gol do Obina mas o Wellington toca o Marcelo Lomba e faz a falta, e o árbitro está em cima do lance.
Aos 23 do primeiro tempo, a Lusa ameçou a meta rubro-negra com a chegada rápida de Ricardo Jesus após um cruzamento pela direita. Paulo Victor salvou, e a bola sobrou dentro da área. Foi então que o zagueiro Uelinton e o atacante Everton se chocaram. Os visitantes pediram pênalti, mas o árbitro Ricardo Marques Ribeiro nada assinalou.
- Achei que o Uelinton pegou na bola. Pega na bola e faz o corte limpo antes da conclusão do Everton - disse o comentarista Lédio Carmona.
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